Era um amor urgente. Aflito. Braços perdidos em abraços. Beijos perdidos em bocas. Fonemas, gritos e gemidos.
Era um amor instantâneo. Diluía-se em tudo. Escorregava pelas cortinas do quarto. Desarrumava os lençóis.
E, entre um grunhido e outro... procurávamos prazeres oblíquos.
Corpos eretos. Caminhos tortuosos. E, um silêncio pactuante.
A traçar consentimentos ébrios. E, loucuras tácitas.
Era um amor urgente. De gavetas fechadas. Portas trancadas e, principalmente, de almas cativas
Na inebriante paixão da juventude.
Tempo passou.
A urgência acabou.
O amor bordou nas lembranças cores inusitadas.