A poesia dorme oculta nas palavras.
Se afoga nos fonemas.
Se alimenta de sussurros
Se regozija de silêncios semânticos
E, de reticências infinitas.
A poesia esquece-se na prateleira
Se expõe vaidosa na rima macabra
Na sombra obscura
Na claridade fatal
Nem a morte extingue a poesia.
Está em tudo.
Está em todos.
Em você
Em seu olhar
Em seus passos
E, ainda mais, nos rumos tortuosos
que vão do abismo até o inferno.
E, retorna lírica e feliz.