Primeiro de Maio
Foi em primeiro de maio de 1886, na região industrial de Chicago, nos EUA, foi deflagrada uma greve operária buscando melhores condições de trabalho, o que desencadeou uma forte onda de protestou no resto dod país. E, então, os trabalhadores exigiram a redução da extenuante jornada de traabalho, que, não raro, chegava até quinze horas diárias. De fato, os protestos foram violentos e, a polícia local fora acionada e, vários operários e policiais ficaram feridos durante os protestos.
A origem do Dia do Trabalho está intimamente ligada ao movimento anarquista e se aproveitou das legítimas reivindicações dos trarbalhadores para favorecer as pautas do movimento.
Foram estimulados pelos anarquistas, os operários insatisfeitos aderiram então a greve geral que começou justamente no primeiro de maio de 1886 e resultou em cerca de trezentos e cinquenta mil operários que cruzaram os braços, o que afetou diversass empresas e a economia norte-americana. A violência das manifestação foi crescente e no dia 3 de maio três operários morreram, e no dia seguinte, uma bomba matou um policial. E, novo confronto se seguiu que resultou em sete policiais mortos. O governo dos EUA prendeu os líderes anarquistas que conduziam a greve e instigavam os trabalhadores à violência e, forma condenados à forca.
O local do incidente foi designado como um ponto histórico da cidade de Chicago em 1992. Em 1997, o Monumento aos Mártires de Haymarket, que está no local de enterro dos réus próximo ao Forest Park, foi declarado um Marco Histórico Nacional.
Em nosso país, a data só passou ter relevância com o o crescimento do operariado nas primerias décadas do século XX e, foi o então Presidente Arthur Bernardes o responsável pos sancionar o feriado nacional nesta data, em 1925, mas o movimento ganhou maior ênfase durante o governo populista de Getúlio Vargas. Porém, Vargas não era mui simpático às ideias socialistas, mas como utilizava do viéis populista aproveito o
grande apelo social do Dia do Trabalho para realizar propaganda de seu próprio governo. E, foi num primeiro de maio de 1940 que criou o salário-mínimo, e no ano seguinte criou a Justiça do Trabalho e, finalmente, em 1943, com a Consolidação das Leis Trabalhistas.
Ao menos segundo a lei, o trabalhador deveria ganhar, então, pelo menos cerca de 240 (duzentos e quarenta) mil réis. A antiga moeda estava, na ocasião, com seus dias contados: dois anos depois o Cruzeiro seria instituído como unidade monetária brasileira, valendo em equivalência a mil réis – no processo, seria ainda criado o centavo.
O Dia do Trabalho é feriado nacional em diversos países, inclusive no Brasil. A data foi instituída pela Lei nº 662 de 1949 e, consta na nova redação da lei (Lei nº 10.607, de 19 de dezembro de 2002):
“Art. 1º São feriados nacionais os dias 1º de janeiro, 21 de abril, 1º de maio, 7 de setembro, 2 de novembro, 15 de novembro e 25 de dezembro.”
Dia do Trabalhador, Dia do Trabalho ou Festa do Trabalho, as denominações da data variam de acordo com os países, dessa forma, não existe certo ou errado. O dia mundial do trabalhador é oficialmente celebrado no Brasil há noventa e um anos, e foi em 1925 por meio de um decreto do então Presidente Arthur Bernardes, que o primeiro de maio fora instituído como feriado nacional.
A OIT sugere que o trabalhador tenha direito ao mínimo de três semanas de descanso remunerado. Mas, nem todos os países seguem tal entendimento. A China e a Nigéria, por exemplo, os funcionários não tem seus direitos garantidos e só podem tirar cinco dias de férias por ano.
Aliás, no Vaticano é celebrada uma missa em homenagem ao trabalhador, e essa data se chama de Dia de São José Operário. Quando, aliás, levanta-se a pauta como exploração do trabalhador, a dignidade do trabalhador e outras importantes questões.
Em 2022, o discurso no Sacerdote prestou homenagem especialmente aos Jornalistas, trazendo dados sobre a classe desses profissionais, que dada a pandemia sofriam com violência causada pela propagação da desinformação. É comemorado mundialmente, mas não no mesmo dia, é reconhecido em 157 (cento e cinquenta e sete) países, mas nem todos celebram a data no dia primeiro de maio.
Um fato muitíssimo curioso é que mesmo sendo um feriado nacional no Brasil, a Bahia ficou cinquenta e cinco anos sem comemorar a data porque os governantes acreditavam que era uma enorme contradição não trabalhar no Dia do Trabalho.
Após 1964, a ditadura militar passou a massacrar os movimentos populares: sindicatos sofreram intervenção e sindicalistas foram cassados e presos. O regime, para favorecer o capital, extinguiu a reposição salarial pela inflação e proibiu manifestações de toda forma. Pelegos dominaram os sindicatos e passaram a usar o 1º de Maio para homenagear o governo opressor e o patrão explorador.
Em 1977, os metalúrgicos do ABC paulista, sob a liderança de Lula, exigiram 34% de reajuste na campanha salarial e fizeram as primeiras grandes manifestações no Brasil desde o golpe de 1964. O movimento atingiu o ápice em 1980, com uma greve de quarenta e um dias.
A ditadura prendeu líderes sindicais, entre eles Lula, e proíbiu o 1º de Maio, mas 150 mil trabalhadores se reuníram numa missa e realizam uma das mais belas manifestações da história do Brasil.
Na década de 1980 a classe trabalhadora se fortaleceu. Em 1983, metalúrgicos, bancários, petroleiros, químicos, motoristas e vidreiros, exigiram redução de jornada, 100% para horas extras, seguro-desemprego, estabilidade e o fim da carestia. Nesse clima, foi criada a Central Única dos Trabalhadores, a CUT. A mobilização garantiu aos trabalhadores a conquista desses e outros direitos na Constituição de 1988.
No Brasil, a greve é regulamentada pela Lei 7.783/1989 e considerada “[…] a suspensão coletiva, temporária e pacífica, total ou parcial, de prestação pessoal de serviços a empregador.”. É também um direito garantido pela Constituição Federal vigente, que em seu artigo 9º assegura aos trabalhadores o direito de greve como meio de defender seus interesses.