Conversas e sotaques BVIW
As conversas de rua ou arte urbana possuem origens ancestrais, seguem como sendo manifestações culturais e literária desde a Grécia Antiga, com os aedos homéricos. Proferindo um salto temporal, no século XX, particularmente na década de setenta, a arte urbana ficou notabilizada pelo grafite que se destacou em São Paulo, era um período conturbado do Brasil, a extenuante ditadura militar. Já em 2014 apareceu um movimento denominado "Vem pra Rua" que disseminou-se pelas redes sociais e configuraram manifestações públicas para promover protestos contra a corrupção e o governo brasileiro. Enfim, as conversas de ruas sempre foram usadas para criticar questões sociais e política propiciando diálogos e reflexões. Mas, nem tudo é crítica. Através da diversidade de canais de comunicação, pode-se aproximar pessoas sejam física ou até intelectualmente distantes, para que haja clareza para ver a intenção de cada palavra. Esqueçam a "tempestade em copo d'água" pois somos nutridos pela realidade e as múltiplas vivências, assim podemos minimizar divergências, promover respeito e ampliar o significado da dignidade humana. Na época de Machado de Assis, as conversas de ruas eram marcadas pela mistura de formalidade e informalidade e, continha sotaques, gírias e até o famoso "carioquês". O sotaque carioca, com suas características próprias, já começava a se definir. Particularmente, fujo de ter o sotaque, mas... o chiado me persegue... Mas, isso seria outra conversa.