Razão & emoção
António Damásio é um dos maiores estudiosos da neurociência, sendo radicado nos EUA desde a década de setenta. O estudo sobre a estrutura do cérebro avançou muito para decifrar a memória e a consciência. E, enalteceu a importância das emoções e sentimentos na estrutura e construção do raciocínio. Precisamos diferenciar emoção e sentimento. Pois a emoção é conjunto de todas as respostas motoras que o cérebro produz e se faz presente no corpo em resposta a algum evento. O que pode propiciar a aceleração ou desaceleração do batimento cardíaco, tensão ou relaxamento muscular. Já os sentimentos não têm a ver com a emoção, mas têm sempre a ver com os movimentos do corpo. Ao sentir fome, o corpo informa que o nível de glicose está baixo e que você precisa se alimentar. Nós humanos, analisando a outra pessoa, principalmente pela voz e pela expressão facial desta. E, a forma do olhar, ou como mexe a boca e pronuncia os fonemas no discurso cotidiano. O que falta ao psicopata é o sentimento de culpa e de vergonha. E, portanto, os sentimentos são fundamentais para organização da sociedade, para a formação de sistemas moral, judicial e social. Para vivermos no século XXI, precisamos ser capazes de criticar as próprias emoções e, até dizer não a estas. Ultrapassar as emoções através do conhecimento e raciocinar sobre estas e decidir quando uma emoção é ou não vantajosa. É certo que a felicidade está relacionada à certas moléculas químicas bem como a tristeza. E, quando feliz as imagens se sucedem com maior rapidez e associam mais facilmente. Enquanto na tristeza tudo é mais moroso. O ponto ideal para um raciocínio efetivo é a felicidade com certa ponto de tristeza. Pois a pura euforia só embaralha o pensamento humano.