"O conhecimento é o mais potente dos afetos: somente ele é capaz de induzir o ser humano a modificar sua realidade." Friedrich Nietzsche (1844?1900).
 

Professora Gisele Leite

Diálogos jurídicos & poéticos

Textos


Disaster

Era um homem de tamanho médio, mas forte. Vestia uma camiseta com letras garrafais escrito: Disaster. O que em inglês significa desastre. Estava na fila da caixa em um supermercado popular. Muito  barulho,  tumulto e, algaravia peculiares do fim de ano. Em suas feições eram visíveis a sua irritabilidade e insatisfação. Olhei para minha filha e, perguntei: - Ingrid, quem eu seu juízo normal veste uma camiseta onde está escrito desastre. Será que a pessoa pretende incorporar esse fenômeno na alma?   Minha filha riu e respondeu: - Mãe, vai ver que a pessoa  nem notou e nem sabe o significado da palavra. O sujeito estava irritado, a caixa não conseguia passar um código de  barras de um dos produtos que estava comprando. E, então um verdadeiro desastre aconteceu... Enfim é um evento da intolerância aguda capaz de causar sérios danos a natureza, às pessoas e ao meio ambiente. A maioria dos desastres causados pelo homem poderiam ser evitados enquanto que outros tem que ser combatidos tais como ataques terroristas e, agressores misóginos que ameaça a integridade física de mulheres. Sem de qualquer idade, ou situação social. Quando vi que o sujeito estava quase dando um tapa na moça da caixa fui chamar o segurança do supermercado que tem uma alcunha curiosa: "Branca de Neve". Era um homem negro de mais de 1,90 m, forte e decidido. Branca de Neve se chamava Edimilson, era uma pessoa extremamente educada e, sempre nos trata com cortesia e até ajuda idosos e pessoas com deficiência. Edimilson aproximou do sujeito desastroso, e perguntou-lhe:- Boa tarde, senhor. O que está havendo? Por que o senhor está tão nervoso? O sujeito com a grosseria de praxe, respondeu: - Não se mete crioulo... Meu problema é com essa menina da caixa. Edimilson, sutil feito Branca de Neve, atalhou: - O senhor está sendo grosseiro e quase batendo na moça, isso não irá acontecer. Qual é o produto que deu problema, perguntou para a caixa.  A menina que estava encolhida feito um rato, respondeu, é esse: um short que não passava de jeito nenhum no código de barras. Então, Edimilson, afirmou:- Vou no setor, aguarde um momento por favor!... O sujeito então falou para sua mulher que estava ao lado, igual uma serva arrependida... Esse pessoa de cor se mete em tudo... saíram lá da África para azucrinar nosso juízo... Na volta, Edimilson, trouxe a plaqueta contendo o preço e o código de barras... E, informou ao sujeito: - Senhor, racismo é crime inafiançável e imprescritível. Bem, provável que não saiba o que é... Mas, se o senhor insistir no racismo, eu irei chamar a polícia para o senhor... O desastroso engoliu a seco...
Baixou o facho... pagou as compras e saiu resmungando ... feito aquela anão o Zangado. Lembrando que o mau humor do Zangado era produtivo pois suas reclamações acabavam ajudando os companheiros.. A curiosidade sobre o Zangado é que ele foi inventado como uma sutil crítica feita à imprensa norte-americana... Agradeci ao Branca de Neve... e pedi que trouxesse um copo de alma e de água para pobre da moça que tremia mais que vara verde. Os bambus quando muito finos e galhos verdes de mata e/ou florestas, quando bate o vento forte, tendem a balançar como se estivessem trêmulos... Enfim, a camiseta informava com sinceridade a natureza do sujeito... Enfim, precisamos ler os sinais.

GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 22/12/2024
Alterado em 22/12/2024
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