Era uma gota de chuva.
Era uma gota de lágrima
Ou uma gota de sangue.
O mínimo a gritar o máximo.
Todo o corpo a suar em gotas.
Todo o amor a pingar em lágrimas.
Toda guerra a se esvair em sangue.
São vestígios.
Rastros.
Materialidades espirituais.
Metafísicas contundentes.
E, o silêncio a bordar em ouro
o fonema engolido pela sede.
Sede de justiça.
Sede de afeto.
Sede de paz.
E, no final, animais e flores
conhecem a gota de orvalho.
Como uma saudade do tempo de chorar.