Havia um sol no horizonte. Ele ria de mim. Discretamente feito Mona Lisa. Intimamente, dizia: O que podes fazer por mim? O astro-rei, a estrela de quinta grandeza, que fornece calor e energia para todo o planeta. Eu me sentia reles. Vil feito um inseto decadente. No voar da minha imaginação, pousa um ou outro pensamento. Tinha o pensamento libélula... estranhamente bonito e elegante... E, tinha o pensamento ogro, gigante e feio... Nada diante do horizonte fazia meu pensamento responder ao sol... Secretamente eu dizia: eu apenas existo à procura de essência e evolução... Evolução que em seu ponto final vai redundar num caixão. Era uma manhã do fim do inverno. Logo viria a primavera. As primícias floradas, os besouros e as abelhas buscando o néctar das flores. As vezes, falhamos. As vezes, acertamos. Mas o sol ainda me questionava... E, eu ficando vermelha por causa do calor... Me sentia uma batata assando... Bah! Eta, vida besta.