Qual será minha última palavra?
E, a última imagem registrada na retina?
O derradeiro som.
E, o vento a espalhar as folhas do outono passado.
Qual será a última flor?
E, seu perfume?
Tantos sentidos...
Tanto tato para ásperas criaturas.
Tantos passos em torno do abismo.
Nunca saberemos, ao certo,
qual será o último...
Mas, ficarei feliz,
se eu lembrar de você...
de suas palavras,
de seu cheiro,
de seu som de fonema
ou de silêncio.
E, a sensação táctil suave
como se acariciasse um veludo.
Não há nobreza.
Não há pobreza.
Há apenas existência e essência.
E, no duelo derradeiro
vence apenas o que aprendi.