"O conhecimento é o mais potente dos afetos: somente ele é capaz de induzir o ser humano a modificar sua realidade." Friedrich Nietzsche (1844?1900).
 

Professora Gisele Leite

Diálogos jurídicos & poéticos

Textos


Os contos fantásticos é uma literatura muito consumida nos séculos XIX e XX e se tornou um objeto de estudo de pesquisadores contemporâneos. O insólito ficcional traz célebres casos como as sagas de Harry Potter, de J.K. Rowling, Crepúsculo, de Stephenie Meyer; Divergente, de Veronica Roth; Jogos vorazes, de Suzanne Collins e, até As Brumas de Avalon, de Marion Zimmer-Bradley o que demonstra que a autoria feminina nem sempre existiu e, ainda assim, pouco se expande para além dos horizontes da língua inglesa.

 

Ainda no século XIX, recordemos da George Sand, pseudômino de Amandine Dupin, que também escreveu contos fantásticos. E, nos países de língua inglesa, a autoria feminina de narrativas fantásticas é muito difundida, dentre as quais figuram nomes como os de Mary Shelley, considerada a mãe da ficção científica; Charlotte Perkins Gilman ou Edith Wharton sendo nomes incontornáveis, sem mencionar, é claro, as autoras contemporâneas conforme antes citadas.

 

O Século das Luzes também possuía sombras mas propiciou muito progresso da ciência em muitas áreaas do conhecimento, e não foi apenas do racionalismo como também da percepção de que nem todos os fenômenos poderiam ser explicados pela razão.

 

Foi o princípio de uma literatura que, se, de um lado herdou traços de feição gótica, por outro lado, desenvolveu uma narrativa que aflorou o sombrio da natureza humana. Sendo diverso do medieval, onde fadas e duendes resolviam todas as agruras do herói ou da heroína através de artefatos mágicos ou encantados.

 

Com o advento do Romantismo, esse gênero elevou-se e surgiram autores como Hoffmann, Honoré de Balzac, Gérard de Nerval, Nikolai Gogol, Edgar Allan Poe, Charles Dickens, Henry James, H.G. Wells só para citar alguns dos mais relevantes representantes.

 

O fantástico não desapareceu ao final do século XIX, conforme comprovam inúmeras obras nesse gênero, podendo citar autores como Jorge L. Borges, Julio Cortázar, Gabriel Garcia Marques, Samantha Schewblin, entre tantos outros, cujas criações são testemunhos da índole fantástica.


O extraordinário mudou de foco, pois a preocupação não era mais evidenciar o fantástico, porém questionar a normalidade da realidade. Ou seja, não é mais semântico e, sim, um fantástico discursivo. 

GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 09/06/2024
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