"O conhecimento é o mais potente dos afetos: somente ele é capaz de induzir o ser humano a modificar sua realidade." Friedrich Nietzsche (1844?1900).
 

Professora Gisele Leite

Diálogos jurídicos & poéticos

Textos


A história da festa dos quinze anos

 

Consta na História que as civilizações maia e asteca, do México, mantinham rituais de puberdade, onde as meninas de quinze anos eram levadas para escola onde seriam treinadas para o casamento. Depois, voltariam para o núcleo de sua convivência, já apta para casar e ter filhos. A festa dos quinze anos se tornou costume popular na Europa no século XIX e os pais das meninas organizavam uma grande festa para apresentar a aniversariante à sociedade e, de quebra, ainda encontrar um pretendente para organizar os famosos casamentos arranjados. Com a chegada dos espanhóis e portugueses na América Latina, essas tradições indígenas foram influenciadas pelas tradições europeias, resultando na criação de novas celebrações, como a quinceañera.

 

O quão fosse grande a festa demonstrava que a família poderia pagar o dote que era uma quantia em dinheiro e bens que a noiva levava ao marido e aos futuros filhos. Hoje o costume já não é tão frequente mesmo nos países europeus. Já nos países com origem hispânica importaram tal modelo e seguem apenas com a tradição dos vestidos rodados, música alta, valsa e a tradição de quinze casais de amigos da aniversariante no meio do salão.
Em meados do século XVI, na Europa, quando as famílias mais nobres realizavam um baile para apresentar as filhas à sociedade.

 

Tanto que a palavra "debutante" vem do francês "débutant" e significa estreante ou iniciante. Veio como espécie de ritual de passagem da infância para vida adulta no décimo-quinto aniversário de uma menina. Rigorosamente, deixa de ser menina e, passa a ser uma moça. E, a partir de então, poderia usar roupas mais adultas, frequentar reuniões sociais e namorar.  

 

Esse tipo de festividade galgou maior visibilidade no mundo depois da Revolução Francesa, de 1789, quando uma família nobre fugiu da guerra civil. A consequente migração para outros continentes fez com que a festa se propagasse com maior força.


O clímax da festa era quando a debutante trocava seu vestido que inicialmente era um modelo infantil e vestia um vestido de baile, com caráter mais adulto, e com o intuito de dançar com seu pai e irmãos. As danças realizadas variavam conforme os costumes de cada região. Mas, a valsa se tornou uma tradição. E, ao fim do baile, as então adolescentes experimentavam a sensação de liberdade e podiam ser apresentadas aos pretendentes.

 

Em nosso país, tais festividades se tornaram populares nas décadas de cinquenta e sessenta, quando passou a ter investimentos variados visando o desenvolvimento da indústria. E, os bons resultados afetaram as festas de quinze anos e que passaram até serem realizadas em conjunto até trocadas por viagens.  Já em meados de 1990, com a economia mais estável, os bailes voltaram agradar a juventude.

 

 Em muitas culturas ao redor do mundo, a transição da infância para a idade adulta é vista como um momento importante que merece ser comemorado. Em alguns casos, essas celebrações estão ligadas a rituais religiosos, como a confirmação na igreja católica. Em outros casos, são celebrações sociais que marcam a entrada dos jovens na vida adulta e na sociedade.

 

Ao longo do tempo, essas influências culturais se fundiram e evoluíram para criar as festas de 15 anos como as conhecemos hoje. Embora as origens específicas das festas de 15 anos possam variar de acordo com a região e a cultura, o objetivo geralmente é o mesmo: celebrar a transição da infância para a idade adulta e marcar esse momento especial na vida de uma jovem.

 

A festa de 15 anos, também conhecida como festa de debutante, tem origens históricas profundas e tradicionalmente está associada à celebração do momento em que uma menina entra na fase da vida adulta. Suas raízes remontam a diferentes culturas ao redor do mundo:

 

Na América Latina, a festa de quinze anos é uma celebração significativa conhecida como “quinceañera” em espanhol. Originou-se em países como México, Cuba e Brasil, e marca a transição de uma menina para a idade adulta. Historicamente, essa celebração simbolizava a apresentação da jovem à sociedade como uma mulher pronta para o casamento.

 

A festa, muitas vezes, inclui uma cerimônia religiosa, uma grande recepção com familiares e amigos, vestidos extravagantes e danças tradicionais.

 

 Na Europa, celebrações semelhantes ocorreram historicamente para marcar a entrada das jovens na sociedade adulta. Na Inglaterra, por exemplo, a tradição do “coming of age” (chegada da idade adulta) era marcada aos 18 anos, e as debutantes eram apresentadas à rainha em um evento formal conhecido como “debutante ball”.

 

Em algumas culturas asiáticas, como no Japão, Coreia e Filipinas, existem celebrações semelhantes para marcar a transição das meninas para a idade adulta. No Japão, por exemplo, as jovens celebram o “Seijin no Hi” aos vinte anos de idade, marcando o início da vida adulta. Na Coreia, a celebração é chamada de “Jeongchung-il”, e nas Filipinas, é conhecida como “debut”.

 

Influências Latino-Americanas tem a tradição das festas de debutantes também foi influenciada pelas celebrações de quinceañera em outros países da América Latina, como México e Cuba. Com a proximidade cultural e histórica entre esses países, muitos aspectos das festas de quinze anos no Brasil refletem influências latinas.

Verifica-se que as mudanças sociais e culturais ocorreram ao longo do tempo, as festas de debutantes no Brasil se adaptaram às mudanças sociais e culturais do país.

 

O que antes era uma celebração mais tradicional e formal, hoje pode variar desde eventos mais simples e íntimos até festas extravagantes e luxuosas, refletindo as preferências e recursos familiares.  Enfim, completar uma década e meia é uma conquista e a porta de entrada na vida adulta.

GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 09/06/2024
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.


Comentários



Site do Escritor criado por Recanto das Letras
 
iDcionário Aulete