Depois de um turbulento divórcio entre Aída e Valter, seu filho Marcelo sofria demasiadamente. A criança estava na pré-adolescência, atingira seus doze anos. E, o afastamento do pai, sem visitas e sem qualquer contato com o filho, foi deveras danoso. Na escola, além do baixo rendimento escolar, Marcelo se envolvia em brigas com agressões físicas aos colegas e, chegou a quebrar o antebraço de um colega. O pai envergonhado não sabia o que fazer. A mãe, a seu turno, colocou o filho em terapia com psicólogos, para ver se apassentava a criança revoltada. O menino se irritava com facilidade e recorria a violência ao menor motivo. Aída ainda o levou num pediatra que medicalizou a criança com tranquilizantes e antipsicóticos. Valter culpava a mãe. E, a mãe, por sua vez, também culpabilizava o pai. Em meio essa guerra familiar, a principal vítima era o pobre Marcelo. Cresceu de forma desonrientada. E, depois de todas as tentativas de tratamento, considerava-se que o melhor seria a internação psiquiátrica. Afinal, ele se tornara perigoso e poderia atentar contra a vida alheia, além da própria. Muitas pessoas tentaram conciliar e harmonizar tudo para que Marcelo atingisse a maturidade e, se recuperasse do grande trauma que foi o divórcio litigioso dos pais. Porém, tudo foi em vão. Portanto, cabe um alerta aos casais embuídos em demandas, é importante lembrarem dos filhos que são frutos do casamento findo, mas não são culpados de desídia dos pais. Sua dignidade humana deve ser lembrada sempre.