Do amor ao pavor.
Da mágoa à fátua.
Do requinte ao ouvinte.
Palavras, sons e valores.
Metáforas, dons e flores.
As estações passam.
O tempo escoa.
Há uma inquietação orbitante.
Há um vento à-toa
E a realidade aviltante.
Tudo passa.
Reto ou torto.
Certo ou morto.
Depois na lápide
há as últimas palavras.
há a pá de cal.
Em nosso lugar,
ficam as lembranças.
Em nossa alma,
ficam as esperanças.
A espiarem na terra
o sal.
A secar todas as mágoas
para justificar tantas
metáforas.
Valei-me!