A tinta da caneta azul.
O céu azul.
E, eu ficando azul de falta de ar.
Azul ainda era os sapatos
Que torpes não sabiam que passos dar.
O azul do céu era fictício.
O azul do mar era mentira.
O azul da embolia era química.
Tudo parecia suplício.
Ou mero acaso.
Azulando entre as palavras.
Azulando entre os pensamentos.
Flutuando entre nuvens e dúvidas.
Curva-me diante do infinito.
Curva-mediante da síntese
diária dos dias.
E, o calendário envelhecendo os ossos
até ao abismo.
No azul da caneta, a palavra e
talvez, fosse poesia.
No azul do mar, alguma alegria.
E, assim a alegoria surtirá
talvez da alma em dinâmica.
Um átimo,
um segundo...
e a cor azul se esvaia como se fosse
poesia...