O olhar da criança. BVIW
Deu-se, contemporaneamente, uma ampliação dos serviços de psicologia em focando a saúde mental principalmente de crianças. Há a necessidade de reconhecimento da relevância do sofrimento psíquico como um dos fatores a ser considerado. Através dos olhos da criança, adentramos em sua alma e descobrimos o que lhe aflige, o que lhe falta e, principalmente, o que lhe provoca dor e angústia. Cogitar sobre o afeto exige uma responsabilidade, tendo em vista superar um viés que simplifica a relação professor-aluno, mãe-filho e pai-filho. Semanticamente, de acordo com o Aurélio Buarque de Holanda Ferreira (2018) afeto “é a disposição de alguém por algo, alguma coisa”. Educar contra a barbárie significa trabalhar numa perspectiva de humanização, de resgate de experiência, de conquista da capacidade de ler o mundo, escrevendo a história coletiva, se apropriando das diferentes formas de produção de cultura, criando, expressando, mudando, praticando laços de coletividade e de pertencimento com o reconhecimento das diferenças. Atuar com crianças é grande responsabilidade social. Pelos olhos da criança, com a atenção devida, podemos pelos menos dar lenitivo e ajudar na superação da realidade adversa. Não despreze as mensagens traduzidas nos olhos da criança.