"O conhecimento é o mais potente dos afetos: somente ele é capaz de induzir o ser humano a modificar sua realidade." Friedrich Nietzsche (1844?1900).
 

Professora Gisele Leite

Diálogos jurídicos & poéticos

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A ameaça da dengue


O principal transmissor é o mosquito Aedes Aegypti. Aliás, ele pode transmitir também a chikungunya e a zika que são doenças com sintomas similars e dificultam o diagnóstico.
Nesse grupo de mosquitos, apenas as fêmeas podem transmitir o vírus associado a dengue. Isso porque somente elas têm hábitos hematófagos (apenas elas sugam sangue).  As fêmeas apresentam corpo preto com listras brancas. 
A dengue é considerada a doença mais grave, e seus sintomas são: febre, dors no corpo (musculars), dores de cabeça, e nos olhos, falta de ar, manchas na pele e grande indisponsição. Nos casos mais gravosos podem haver hemorragias e até mesmo acarretar o óbito do doente.
Os tipos de dengue se diferenciam conforme a sua gravidade. No caso da dengue hemorrágica, por exemplo, os sintomas incluem dor abdominal intensa e contínua. Esse já um quadro mais preocupante uma vez que pode levar a sangramentos em diversas áreas do corpo e ser, portanto, fatal.
A Chikungunya causa febre e dores no corpo, mas dores principalmente sentidas nas articulações, os sintomas duram em torno de duas semanas, portanto as dores articulares podem durar meses. Casos de morte são raros, mas os sintomas causam ao infectado qualidade e disposição muito baixa. 
A Zika tem sintomas mais leves, como febre baixa, olhos avermelhados e coceira característica e duram não mais que sete dias. Porém tem sido associada a casos de microcefalia e a síndrome neurológica que causa paralisia, a Síndrome de Guillain-Barré.

A síndrome de Guillain Barré é um distúrbio autoimune, ou seja, o sistema imunológico do próprio corpo ataca parte do sistema nervoso, que são os nervos que conectam o cérebro com outras partes do corpo. É geralmente provocado por um processo infeccioso anterior e manifesta fraqueza muscular, com redução ou ausência de reflexos. Várias infecções têm sido associadas à Síndrome de Guillain Barré, sendo a infecção por Campylobacter, que causa diarréia, a mais comum. A incidência anual é de 1-4 casos por 100.000 habitantes e pico entre 20 e 40 anos de idade.
Após um repasto de sangue infectado, o mosquito fica apto a transmitir o vírus, depois de 8 a 12 dias de incubação.  A transmissão mecânica também é possível, quando o repasto é interrompido e o mosquito, imediatamente, se alimenta num hospedeiro suscetível próximo. Não há transmissão por contato direto de um doente ou de suas secreções com uma pessoa sadia, nem de fontes de água ou alimento.
O período de incubação varia de 3 (três) a 15 (quinze) dias, sendo, em média, de 5(cinco) a 6 (seis) dias.

O sétimo dia da dengue é considerado um ponto-chave para a avaliação do comportamento da doença em cada pessoa, já que é nesta fase que acontecem as modificações para a evolução da doença. Isso significa que a partir daí ou o paciente melhora ou ocorre um agravamento do quadro de saúde
E, o período de transmissibilidade ocorre enquanto houver presença de vírus no sangue do homem (período de viremia). Este período começa um dia antes do aparecimento da febre e vai até o 6º dia da doença.
O tratamento para dengue, chikungunya e zika são bem parecidos, e se baseia em cuidados pessoais, como repouso e a ingestão de bastante líquido, preferencialmente de água ou soro. A medicação é apenas sintomática, com analgésicos e antitérmicos (paracetamol e dipirona). Devem ser evitados os salicilatos e os antiinflamatórios não hormonais, já que seu uso pode favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas e acidose. 
A melhor forma de prevenção é pela destruição dos locais propícios à multiplicação do mosquito Aedes, onde não haja acúmulo de água parada.
Elencamos como prevenir a dengue, abaixo:
Limpar as calhas e lajes das casas.  
Manter recipientes/locais de armazenamento de água, como caixas d’água, poços, latões e tambores, bem fechados.  
Guardar garrafas vazias de boca para baixo. 
Eliminar a água acumulada em plantas, como bambus, bananeiras, bromélias, gravatás, babosa, espada de São Jorge, dentre outras. Coloque areia, preenchendo o prato até sua borda, ou lave-o, semanalmente, com esponja ou bucha e sabão, para eliminar completamente os ovos do mosquito.  
Verificar se existem pneus, latas ou qualquer outro objeto que possa acumular água nos terrenos baldios. 
Identificar, na vizinhança, a existência de casas desocupadas e terrenos vazios, e localizar os donos para verificar se existem criadouros do Aedes aegypti. 
Lave os bebedouros de animais com escova, esponja ou bucha, e troque a água pelo menos uma vez por semana. 
Não deixe qualquer depósito de água aberto (ex.: potes, tambores, filtros, tanques e outros). Como o mosquito é bem pequeno, qualquer fresta, neste tipo de depósito, é suficiente para a fêmea conseguir colocar ovos e iniciar um novo ciclo. 

A ameaça da dengue é séria e traz riscos à saúde. Todo cuidado é pouco para evitar a dengue e outras doenças acima mencionadas.

GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 01/03/2024
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