Quando tudo acabou, um enorme vazio fez um deserto repleto de mágoa e tristeza. Dentro de meus olhos, não havia luz capaz de fazer enxergar. Quando tudo acabou, no fundo, eu duvidei... Era um fiapo de esperança a se agitar contra os fatos contundentes... Fiquei sem carinho, sem abrigo e mendiguei seu afeto com frases poéticas e dramáticas... Ninguém ama ninguém por piedade. Por solidariedade
Laços perecem...Vínculos desatam... mas aquele nó na garganta. O fracasso travado no meio do coração.
Nosso amor virou história. Deixou rastros, vestígios, cinzas e, até... legados. As paredes... o silêncio no jardim. O orvalho decorando as rosas. E, a fumaça de lirismo a varrer com vento a saudade de tudo que passou.
De novo, o fim. O apocalipse tão previsível... somos seres finitos que almejam a eternidade. Somos seres provisórios que desejam ficar para sempre... Somos imaturos, inconstantes e, principalmente, humanos demasiadamente humanos. Cuja essência escorre pernas abaixo, rosto acima e vai até a cabeça. Sabota os neurônios e, estica os nervos até não mais poder. Vai até a palavra, o derradeiro aceno e, depois. é o fim.
Sem riqueza de detalhes. Sem a poesia bastarda que faz tudo ficar prosaico porém, não menos trágico.