Lembrai que és mortal.
A expressão memento mori é de origem latina e corresponde a lembre-se da morte, lembre-se que é moral ou de que morrerá. Na Antiguidade Clássica, era expressão de reflexão utilizada por filósofos estoicos. A referida expressão significou igualmente uma saudação dos paulianos Eremitas de São Paulo da França lá pelos idos de 1625, os chamados "Irmãos da Morte". E, também inspirou muitas obras no domínio da arte cristã. A mesma expressão resta relacionada às paradas que Roma realizava em honra de seus generais vitoriosos em batalha e, enquanto desfilava em triunfo perante o povo, carregando os despjos das conquistas, uma Auriga segurava uma coroa de louros sobre a cabeça do vitorioso enquanto surrava memento homo, lembra-te que és um homem e memento mori (lembre-te de que és mortal). Assim, evitava-se a adoração da plebe e a celebração dos feitos do homenageado, que o fizesse sentir-se elevado à divindade. Outro exemplo de memento mori são as capelas de ossos, como a Capela dos Ossos em Évora ou a Cripta dos Capuchinhos em Roma. São capelas cujas paredes estão totais ou parcialmente cobertas por restos humanos, maioritariamente ossos. A entrada da Capela dos Ossos tem a seguinte frase: “Nós, ossos, aqui deitados nus, aguardamos os vossos”. Somos finitos, mortais... "Os filósofos criaram muito do que chamo de 'provadores da morte' e criaram experimentos mentais para aproveitar o dia." Esses experimentos mentais são poderosos para nos reorientar de volta à morte, à consciência atual e à vida com espontaneidade. Enfim, por acaso estamos aqui, passando algum tempo incomensurável, embora sejamos tão finitos e ínfimos... Haja humildade.