O outro
Eu sou um outro. O estranhamento de mim, nem corresponde ao meu eu. A medida que vou me descascando tal como uma cebola. Ao final, não se tem mais nada.
Para os budistas, não há deus nem alma. Não sejam de fato, uma religião. O eu e outro interagem, se misturam e se influenciam. Descobrir a lógica do discurso e dos hábitos. Eu sou outro. Eu interpreto o outro. Julgo, atribuo valor.
Percebo ou apenas espreito. Há vaidade na essência humana. E, há essência humana em toda vaidade.
Eu estou no discurso, na indumentária, no sapato, na janela, no verão tórrido ou no inverno congelante. Talvez nos pensamentos a sibilarem junto com os ventos encontraremos as respostas às nossas dúvidas.