Hoje tenho que escrever para você. Em verdade, não sou de tantas palavras.
Sou mais de reticências. Meu olhar contemplativo E, uma tristeza intrínseca.
Vencemos muita coisa. Lutamos incansavelmente. Mas, somos humanos.
Por vezes, precisamos fôlego. Precisamos descanso. Precisamos de afetos.
De raízes, rosas e espinhos. Hoje tenho que escrever para você.
Sobre tantas coisas. De sensações, sentimentos, e lenimentos.
Precisamos curar feridas. Superar dificuldades.
E, ter uma terapia especial para entender todo o contexto.
Nem tudo está sob o controle.
Nem tudo é solucionável.
Nem tudo está sob nosso poder.
Somos frágeis. Somos imaturos. Somos inacabados e diante do infinito. Somos apenas uma vírgula qualquer.
Somos mortais e mínimos
Diante do enorme multiverso. Uma pleiâde de galáxias,
Planetas e sistemas.
Satélites, estrelas e o buraco negro.
E, nos encaixamos na dinâmica no movimento misterioso dos dias, meses e anos.
Mais um ano se acabou. Outro recomeça Esperanças se renovam.
E, olhos miram o horizonte tingido entre os raios de sol e pingos de chuva.
E, o orvalho serve apenas de lembrança.
A água ou a ideia da água é capaz de purificar tudo.
Até pensamentos.