Caía a tarde, em rubros laivos no horizonte sinuoso e imaginário. Devo confessar meu desconforto com as festas de fim de ano. As músicas natalinas e apelo sentimentaloide tão desgastado. Em nosso país tão devastado pelas abissais desigualdades sociais... Enfim, esse ano pela primeira vez não comi a única iguaria que sempre gostei, as castanhas. Não encontrei nenhuma castanha que fosse minimamente apresentável... Enfim, mais um ano termina, e logo começou outro e já começa, repleto de guerras, guerrilhas, mortes e terremotos e a mesmice continua em plena dinâmica de multiverso. As controvérsias só agravam a visão daqueles que sofrem de miopia por mera opção. E, outras polêmicas são simplesmente inventadas para obter audiências. Influencers andam morrendo de forma estranha... Apesar de ceiar e comemorar a meia-noite, a questão do tempo lança uma dúvida. Será que todos os povos e todas as culturas sentem o passar do tempo da mesma forma? Certamente que não. Saudades da ampulheta vazando areia... enquanto meu relógio digital desenha os números de forma engraçada. Cultivem afetos e façam do tempo vivido algo memorável. Feliz 2024, segundo o horóscopo chinês, é o Ano do Dragão, especificamente o Dragão de Madeira.