Dentre as reflexões sobre o espírito humano, Germano destacou que há dois temas relevantes: a existência e a liberdade. Germano em suas laboriosas reflexões, questionava-se: Será que são compatíveis? Germano, um jovem engenheiro casado com uma jovem arquiteta chamada Gisele. Estavam recém-casados. E, a adaptação ao novo status também era trabalhosa. Quando pensamos em liberdade, deparamo-nos com a escolha que fazemos todos os dias. Porém, escolhemos como existir? Não seremos livres sem nossas escolhas... Mas, tivemos a oportunidade de escolhas? Germano e Gisele praticamente cresceram juntos, começaram a namorar as quinze, e aos vinte anos já estavam casados... sem filhos. O trabalho de ambos ocupava bastante e, pouco tempo sobrava para outras cogitações. A família já cobrava a procriação. Fosse por questão religiosa ou não. Porém, nem Germano nem a esposa se sentiam preparados para ter um filho. Ser responsável e afetuoso e, sobretudo, construir um ser que enquanto em desenvolvimento que dependerá muito de ambos... Karnal tem razão, filho é um investimento pouco vantajoso, se olharmos pela perspectiva capitalista... Sartre afirmou: estamos condenados a ser livres e suportar toda responsabilidade por tudo decorrente. Enquanto amadurecem o casamento, a família aflita fazia cobranças. Gisele que era uma "sincerida de plantão", vociferou em certa feita:- Tomem conta de suas vidas! A tia boquiaberta, levantou-se. O pai pigarreou e, foi fumar um cigarro fora da sala. E, a mãe fazendo crochê mostrava-se impassível... com um sorriso de Mona Lisa a desafiar os intérpretes permaneceu como parte do cenário.