Nessa dança onipotente
Passos e trejeitos.
Indumentárias e respeitos
Gestual teatral e
surpreendente
O salão é imenso
como o universo
repleto de estrelas
e de mistério intenso.
Há infinitos
indomáveis em nossa volta.
Vem o sol e com banho de luz
finalmente, fugimos das trevas
dos pesos de ouro que tanto reluz.
E, nas sombras intermediárias
abrigamos no cinza
a esperança verde que reduz
a falta de empatia.
Nesse jogo de perdas e ganhos
entre o xadrez complicado
e o de damas tão óbvio.
Viver cartesianamente
é como dançar um tango
buscando uma liberdade ou
um sentimento delicado
como pertencer a um tabuleiro
que sequer ganhamos.