Rimas pobres
Versos satânicos
Lirismo vazio
Lágrimas que esgrimam
Batalhas instantâneas.
Palavras e fonéticas
Confrontam-se
até que tudo seja silêncio.
Deserto repleto de vida.
Vida repleta de éticas
E, lá fora o frio
Deixa solitário o moribundo.
Escrituras nada sagradas
Relatam mitos.
Perfazem ritos
E, diante conflitos
acenam com a paz.
Rimas pobres
Miséria explícita.
A mão pedinte
estendida ao infinito.
Uma colher de orvalhos.
A colher enxovalhos
Lágrimas ressecadas
Ou apenas, a sede por dignidade.