Amor em Roma
Amar é paradoxo.
Exige-se alguma fé.
Exige-se também alguma alma.
E muita calma para se assentar os tijolos
Com o cimento do afeto.
Existe o amor primaveril.
Existe o amor de outono e
Até de inverno.
Cochicha com os ventos.
Sussurra com as nuvens
Enamora-se com a lua
Mas casa- com o sol.
E, ainda pega os aneis de Saturno
Depois vem o anão que é Plutão
A nos revelar a enorme riqueza em pequenos seres...
Amar é paradoxo.
Queremos Amar em segredo
Criptográfico em silêncio.
Para revelar apenas a essência
A indecência desnuda
Em deserto perfeito.