O raio de sol perdido nos horizontes, reticências de um dia. A manhã sorrateira na janela
A sussurrar segredos e magias. Como mantras capazes de erguer o infinito.
O raio de sol dispersando em tons vermelho e laranja. Sangrando bonito no entardecer.
A noite a chegar matreira. A emboscar os enredos e alegrias. Como serenata capaz de enamorar os anjos.
O raio de sol a estender pelo mar. Banhando-se de bálsamos ou esperanças.
Prometendo amores, paixões e prazeres. O silêncio do deserto a confidenciar às estrelas todas as desumanidades.
E, a areia fiel ouvinte guardou as palavras, os sentimentos e todos os preciosos valores do universo.
O raio de sol disperso, intenso e poético. E, a vida miúda, microscópica e intrínseca. O aprendizado da célula,
da molécula de um corpo. E, o tempo lá fora, a zombar de tudo.