Meus olhos choravam sangue.
Expeliam a dor líquida
que lavava a alma incandescente.
Os olhos da vítima.
Meus olhos choravam sangue.
Nunca mais lhe verei.
Nunca mais lhe surpreenderei
com seus gestos
em meio ao mangue.
Sangrava por lágrimas
Líquidas.
Leves
e mágicas.
Não poderia fazer o tempo voltar.
Não poderia reescrever a estória.
E, no rascunho que guardei
havia vestígios
de todos litígios
que contavam a história.
Chorava e sangrava
Expelia a dor e me libertava.
Quando lhe verei novamente?
Talvez depois de morta
quando adentrar a eternidade secreta
ou o infinito concreto.