O amarelo derramado no horizonte. Dourando tudo... e a moldura das montanhas e, as torres de energia elétrica. Os nuances delicados a alaranjar-se lentamente. E, fazer dormir a preocupação com a finitude. Diante do astro-rei, uma estrela de quinta grandeza, somos mínimos... animais domesticados pelas tecnologias. E, o afeto dourado esparramado sobre as montanhas... recordando o calor do dia. Do útero materno. Da lágrima sentida que escorre pela face e em silêncio. As nuvens bailavam suaves na dança das horas. E, no outono que já pretendia anunciar o inverno... o frio que macera a alma dentro de casacos e cobertas... Mas, jamais encobre o que apenas somos. Humanos. Demasiadamente humanos. Incansavelmente humanos, frágeis e eternos aprendizes. Pena que nem somos amarelos para imiscuir-se na paisagem. E, conhecer a plenitude do infinito.