Rés do chão
Rés do latim rasum.
Rente ao chão.
Plantado e germinado.
Nossas raízes invisíveis
Mas, firmes como grilhões.
Na chama da vela balouçante
diante da prece fonetizada,
da fé firmada em cera e fogo.
Crepitando sentidas paixões.
Estamos atrelados a tantas coisas.
Crenças, magias e fatos.
Que a liberdade fica parecendo
algo impossível
Inimaginável.
No pavimento térreo,
agora sem o hífen
O primeiro andar do ego.
Com a vaidade lustrada
Pelos tempos pós-modernos.
E a tecnologia sem alma.
Vagamos em desafogo.
Com o oxigênio limitado
pelo simplesmente inexorável.