Trata-se de uma das célebres representações matemáticas é o símbolo do infinito que é dotado de grande popularidade e uma faceta poética. E, corresponde a algo sem começo ou fim, sendo a própria eternidade. Os matemáticos utilizam o símbolo do infinito quando existem sequências infinitas de resultados, já para os místicos refere-se a união do físico com o espiritual, a ligação do nascimento e morte. E, diante de tantas interpretações cabe pesquisar a origem do símbolo.
Historicamente, foi o sacerdote e matemático inglês John Wallis (1616-1703) quem usou o símbolo do infinito pela primeira vez, em 1655. Apesar de ser menos célebre que Isaac Newton, John foi considerado seu sucessor e foram os trabalhos de Wallis que abriram as portas para a origem do cálculo como disciplina. O mencionado sacerdote escreveu livros e tinha a geometria entre seus principais campos de estudo e, o do símbolo do infinito, não se sabe ao certo no que Wallis se baseou, porém, há suposições de que tenha escolhido e se inspirado no numeral romano mil, utilizado como sinônimo de muitos. E, em sua forma lembra o símbolo de infinito: CƆ.
De qualquer forma, o símbolo ganhou utilidades além da matemática e inspira as pessoas há séculos. Para os gregos antigos, ouroboros é mais que um conceito que se baseou nesse sentido. É um símbolo místico, circular que trazia uma serpente ou dragão mordendo a própria cauda, carregando o sentido de retorno, evolução e reconstrução. Assim, como sem fim ou começo se revelam os ciclos que tanto nos cercam.
O símbolo de infinito ∞\infty é por vezes chamado de lemniscata, do latim lemniscus. John Wallis é creditado pela introdução do símbolo em 1655 no seu De sectionibus conicis.
Uma conjectura sobre o porquê ter escolhido este símbolo é ele derivar de um numeral romano para 1000 que, por sua vez foi derivado do numeral etrusco para 1000, que se assemelhava a CIƆ e era por vezes usado para significar "muitos".
Outra conjectura é que ele deriva da letra grega ω - Omega - a última letra do alfabeto grego. Também, antes de máquinas de composição serem inventadas, ∞ era facilmente impresso em tipografia usando o algarismo 8 deitado sobre o seu lado.
A curva matemática que gera o símbolo ∞\infty é a lemniscata. Na teoria dos conjuntos, o infinito é representado pela letra hebraica aleph ( ℵ\aleph ).
O infinito tornou-se uma ferramenta fundamental para o cálculo infinitesimal e diferencial, que apesar dos seus bons resultados práticos, não estava ainda formalmente definido de forma satisfatória para os padrões de rigor matemáticos. E, sem uma definição formal sólida não era possível resolver de forma convincente os paradoxos que ainda persistiam.
Em física, são usados números reais aproximados para medições contínuas e números naturais para medições discretas (ou seja, contagens). No entanto, os físicos partem do princípio de que nenhuma quantidade mensurável pode ter um valor infinito, seja tendo uma precisão infinita, ou por corresponder a uma contagem de um número infinito de eventos.
Por exemplo, presume-se impossível para qualquer corpo ter massa infinita ou energia infinita. Conceitos de coisas infinitas, tal como uma onda plana infinita, existem, mas não existem meios para os gerar experimentalmente.
A prática de recusar valores infinitos para quantidades mensuráveis não vem de motivações ideológicas ou filosóficas a priori. Resulta de motivações pragmáticas e metodológicas.
Um dos propósitos de qualquer teoria física e científica é dar fórmulas utilizáveis que correspondem à realidade, pelo menos aproximada. Por exemplo, se existisse algum objeto de massa gravitacional infinita, usar uma fórmula para calcular a sua força gravitacional conduziria a um resultado infinito, o que não teria qualquer utilidade.
Por vezes, um resultado infinito para uma quantidade física pode significar que a teoria está sendo usada para calcular numa situação em que, a teoria se aproxima do seu limite para conseguir explicar a realidade. Ou seja, ela está fundamentada em algum erro e deve ser corrigida.
Em filosofia, é uma argumentação usada em muitos ramos da filosofia, em que um raciocínio exige um precedente, que por sua vez exige outro precedente, ad infinitum. Para evitar esta regressão infinita alega-se a necessidade de um princípio fundamental não demonstrável. Esta argumentação foi usada também por Aristóteles e Platão