Questões.
Por quanto tempo serás o que és?
Por quantos espectros passará sua alma?
E, quanta semântica existe em suas palavras?
Na fonética embargada pela emoção.
Nessa falsa calma.
Por quanto tempo seu olhar, realmente enxergará?
Quantas versões ocultarão a verdade?
Muitas perguntas e nenhuma resposta.
Quanta insanidade nos chega à porta.
O silêncio preencheu o recinto.
A lava incandescente das dúvidas
corroeu os alicerces mais íntimos.
A essência do ser perece.
Transmuta. Transforma e, é transformada.
A alma resoluta também evolui
por entre umbrais.
Temos a existência formatada e reformatada.
Em milhões de ondas cerebrais.
E, os significados bailam de máscaras reverentes
Sob ritmo e dinâmica diferente.
As versões se atualizam. Sofisticam-se.
As questões de fundo, ainda, são as mesmas
Permanecem como incógnitas paradas à porta.
E, as reações pulsam no contemporâneo coração.
Ou encolhidas no fundo do porão.
Continue a perguntar.
Persista em indagar.
E, a decifrar no silêncio
as respostas trazidas pelos milênios.
Tempus, tempos e tempo.
E, o resto é silêncio.