"O conhecimento é o mais potente dos afetos: somente ele é capaz de induzir o ser humano a modificar sua realidade." Friedrich Nietzsche (1844?1900).
 

Professora Gisele Leite

Diálogos jurídicos & poéticos

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O símbolo do infinito.


A Lemniscata de Bernoulli é uma curva algébrica de quatro  grau de equação cartesiana. Muito conhecida desde a Antiguidade Clássica e tida como famoso símbolo do infinito. E, assume tal semântica por ter seu traço contínuo, uma forma sem começo nem fim. O célebre "oito deitado" representa o infinito, a eternidade e ainda a potencialidade divina.

Foi descrita primeiramente por Bernoulli em 1694 como uma modificação da elipse que é o locus geométrico de pontos para qual a soma de distância de cada um de dois focos fixos é sempre uma constante.

Lemniscata era conhecida na Grécia Antiga como guirlanda. As flores entrelaçadas nos dois círculos, estão ligadas à ordem cósmica em transformação. Ela também está ligada à beleza do conjunto, ou seja, à beleza de todas as flores. Sendo assim, a lemniscata reflete a vida e a vida reflete a lemniscata.

Por isso, a lemniscata, mais conhecida como símbolo do infinito, significa tudo o que é eterno. Esse símbolo é desenhado horizontalmente, ou seja, é o número oito deitado, e mesmo tendo um ponto de intersecção, não possui começo ou fim. Formando dessa maneira, um movimento contínuo entre os pontos que compõem esse símbolo.

Portanto, a lemniscata simboliza também a união entre o divino superior e a alma, onde não existe centro, “eu” ou “ego”. Além disso, representa também a essência do servir em todos os mundos e em todos os níveis, alegremente e com simplicidade, pois este é o sentido da vida no cosmo solar.

A Oval de Cassini, a seu turno, é o lugar de pontos para os quais o produto destas distâncias é constante. No caso, onde a curva atravessa o ponto no meio do caminho entre os focos, a oval é uma Lemniscata de Bernoulli.
Lemniscus em latim significa faixa suspensa, e pode ser obtida como o inverso geométrico da hipérbole, com o círculo de inversão centrado no centro da hipérbole, a bissetriz de seus dois focos. O infinito é uma proposição quase sempre numérica usada em teses matemáticas, filosóficas ou teológicas e que faz referência à falta de limite ou fronteira no tamanho, quantidade ou extensão.
Infinito potencial é também usado para processos que pode, a princípio, continuar para sempre, ou para objetos que podem crescer para sempre. A determinação do comprimento do arco como parâmetro da Lemniscata levou às integrais elípticas, descobertas durante o século XVIII e, por volta de 1800, essa função elíptica fora estudada por Carl Friedrich Gauss que fora inédito na época, porém, foram feitas insinuações à estas, nas notas de sua obra intitulada Disquisitiones Arithmeticae.

Quando as duas primeiras derivadas são conhecidas, a curvatura é facilmente calculada. O sinal a ser escolhido deve ser de  acordo com a direção de movimento ao longo da curva. A Lemniscata tem a propriedade da qual a magnitude da curvatura em qualquer ponto é proporcional à distância daquele ponto da origem. É possível obter a curva, secionando-se um torus por meio de um plano paralelo ao eixo de revolução. A tangência do perímetro interno origina uma Lemniscata no contorno da seção.

O símbolo do infinito foi criado por John Wallis em 1655 e se relaciona com as coisas sem limite. É normalmente usado em matemática ou física para afirmar que algumas coisas são ilimitadas. Tal como o conjunto dos números naturais não tem limite e pode ser expresso pelo símbolo do infinito.

Historicamente, o primeiro a usar o símbolo em equações foi o sacerdote matemático inglês John Wallis (1616-1927) e seu uso foi para fins matemáticos e científicos. O símbolo do infinito possui outros nomes e representações em várias linhas espirituais. Para os movimento filosófico Rosa-Cruz ele simboliza a evolução do físico e do espiritual.
Os anéis de lemniscata representam, um deles ciclo de nascimento à morte e o outro inverso, da morte ao nascimento. Na cultura dos essênios este era um símbolo de práticas ancestrais. O ponto central para os celtas e caduceus, do símbolo do infinito é considerado um portal entre os dois mundos, dos deuses e dos mortais. Para os gregos, significava a recriação das coisas no universo.
O símbolo do infinito aparece em duas cartas do Tarot na carta 1. "O Mago", ele aparece flutuando sobre a cabeça
do homem e na Carta 11 "A Força", ele está na personagem que força a abertura da boca do leão.

Além disso, há a menção sobre o símbolo do infinito no livro "Meditações" sobre os 22 Arcanos Maiores do Tarot e nele  esse símbolo é definido como ritmo, respiração e circulação. Portanto, ele é visto como o ritmo eterno, que circula contínua  e infinitamente, a energia infinita de harmonia.

O sinal do infinito também aparece em uma série de desenhos místicos de nós celtas, que, assim como o símbolo do infinito, não têm fim nem começo.  Os desenhos do nó celta realmente têm muita semelhança com o Símbolo do Infinito Duplo, que é uma representação do "duplo absoluto". Algumas  representações da serpente divina Yormungand.

O infinito era originalmente conhecido como lemniscate, que significa "fita", por matemáticos e filósofos gregos antigos. Um conceito semelhante ao também inerente  ao Ouroboro (ou Ouroboros), um símbolo antigo que retrata uma cobra mordendo sua própria cauda.

GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 12/03/2023
Alterado em 13/03/2023
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