Eu sou a vírgula.
Ela enumera... até ao infinito.
Ela explica, nos mínimos detalhes.
Ela enfatiza... e, por vezes, dá tanto destaque.
Que nos deloca, principalmente, quando há um paradoxo.
Ela separa ações, atos, pessoas e coisas.
Ela isola, principalmente, quando para dár ênfase ao vocativo.
Descobri minha sintaxe.
Eu sou a vírgula.
Pode ser pretendida,
inspiradora, ou simplesmente
uma professora paciente.
Com o tempo, a vírgula é tão
natural como envelhecer.