Procura-se, urgentemente, um amigo. Basta ser realmente um ser humano e ter sentimentos, ter o dom de sentir, falar e exercer empatia. Não precisa falar, ouvir, ou calar. Recomenda-se que goste de poesia com rima ou sem rima. Poemas românticos ou líricos. Ou ainda aquela dotada de ironia feito seda que pode se rasgar mediante algum vento feroz. Procura-se um amigo que goste da madrugada, que consiga gostar dos pássaros e, que tolere chuvas e tempestades.
E, saiba respeitar a natureza e, leve na alma um pouco de cada das estações... Que sua alma tenha primavera, com as mais cadentes flores, que no outono tenha a elegância das folhas amareladas a flutuar no espaço, que no inverno diante do frio, conheça a elegância da lã e de um chá quente. E, finalmente, no verão saiba entender o sol, uma estrela de quinta grandeza que nos perceber o quão somos frágeis e minúsculos.
Esse amigo ideal deve amar ao próximo, respeitar a dor do próximo, ter amor gratuito e uma simpatia contagiante. Um amigo que saiba guardar segredos, sem se sacrificar. Um amigo que reconheça seus erros, que peça desculpas, que também saiba desculpar e, faça troça dos desvãos da vida.
Procura-se um amigo mas não precisa ter os mesmos gostos, que se comova, quando for chamado de amigo. Que estenda a mão e alma para poder trilhar os sonhos e os caminhos da realidade. Esse amigo me dará a coragem para atravessar desertos, enfrentar intempéries e, mesmo depois do silêncio, saiba fazer a gente sentir que vale a pena viver, encontrar-se, desencontrar-se e, principalmente, cultivar a esperança, a fé e, principalmente, a resistência.