Eis que somos todos
inexoravelmente mortais.
Eis a única certeza que temos:
a morte.
Qual será o derradeiro momento?
Qual foi a última palavra e sentimento?
Qual foi o derradeiro suspiro daquela alma?
Descolando-se do corpo e flanando por entre ventos
e folhas do outono.
Eis que em nossa finitude.
Restam tantas reticências.
Fragmentos semânticos,
semióticas e a dialéticas das estações
Reminiscências...
Nos ensinando a sobreviver
E, a vencer invernos e lágrimas.
Infernos e mágoas.
No fim, na frieza da lápide
Informações de praxe.
Nascimento e morte.
E, uma frase-síntese:
Aprende-se todos os dias, o que é a vida.
Só se envelhece, definitivamente,
quando
finalmente, morremos.
A solidão da morte não admite companhias
Nem grandes festins ou solenidades.
As flores choram por entre orvalhos.
A primavera forçada das coroas
E, a tristeza esculpida em faces humanas
como se fosse um monumento.
Orações, missas e saudades.
A morte é uma finitude terrena.
Corpórea.
Mas, jamais de valores eternos.
Que transcendem, que superam
qualquer certeza, previsão ou
enquete.
A alegria de um gol.
A alegria de um povo.
Pobre, mas que se regozija
por vencer uma simples
partida de futebol.
Obs: Hoje morreu aos 82 anos de idade, o Rei Pelé.
Um dia de luto e, começo da eternidade de todo seu significado.