Aquele olhar de Madalena arrependida. Uma boca sedenta de fonemas. Um coração sedento de sentimentos. E, os valores desnudos desfilando diante a distopia contemporânea e feroz. Somos devorados todos os dias. Regurgitados e processados contínua e lentamente. Como se fôssemos alimento para um mundo cáustico e dinâmico. Os astros, lá fora, riem de nossos triunfos. As nuvens densas e plúmbicas despejam tempestades capazes de lavar a alma e o espírito com hipoclorito de sódio. E, a memória repleta de reticências possui apenas lembranças fragmentadas. Podemos ainda nutrir esperanças, construir empatias e, nos importar com o outro, com o mundo, com o equilíbrio de tudo... pois somos apenas uma parte infinitesimal de tudo. E, nutrir a humildade para ser eterno aprendiz... e, a disciplina de se atualizar constantemente, até que tudo seja apenas o silêncio. Feliz 2023. Poderá ser melhor, poderá ser o recomeçar e o construir.