Era uma chuva de ideias
Símbolos bailavam de braços abertos
Almas se jogavam em abismos
Estrelas cadentes brincavam
Dependuradas em árvores.
O vento trazia notícias de longíquas paragens.
E, a noite vinha de mansinho
Delicada, sóbria e encantadora.
De manhã, a última gota de orvalho
fertilizava todas ideias
E, as flores mesmo quando feneciam
perfumavam tudo...
Sorvia o mel demoradamente.
Entendia que o segredo de sentir
É termo o rittmo correto
Dentro do relógio das emoções.
Guardadas em origamis,
em páginas dobradas e marcadas pelo leitor.
Era uma chuva de ideias
palavras se escreviam em devaneio
signos se esculpiam aleatoriamente
E, a mensagem final: seja feliz
seja intenso, inteiro em tudo que fizer.
Mergulho no poço mais profundo.
Nos olhos humanos, nas almas desérticas,
no silêncio intrincado.
E, a cada fonema.
A cada instante: reinvente-se...