O tijolo atirou um grão no braço da fumaça. Depois fugiu de carro. Enquanto isso, o colchão das mariposas estava pregado na parede verde. O verde era de mofo e, eu tratei de ficar bem longe. O tijolo sussurrou para o cimento que ele estava presente em todas as construções. E, o cimento retrucou: - mas eu é que faço tudo ficar unido. E, a fumaça muito esperta argumentou, nada me segura, nem paredes, nem mariposas e, muito menos um braço. No fundo, todos nós fugimos do desconhecido que nos amedronta e nos surpreende. Quem estaria preparado para tudo? Na verdade, ninguém. Mas, a parede verde nos acena com alguma esperança e acalma a visão. Tanto as mariposas como as borboletas são insetos da ordem dos lepidópteros, palavra que vem do grego "lépido" que equivale a escama e "ptero" que significa asa. Enquanto as borboletas têm hábito diurno, a maioria das mariposas é ativa durante a noite. No fundo, o tijolo tinha razão. O cimento também e, a beleza ficava por conta da parede verde e da imaginação, pois criava diálogo entre coisas inanimadas e, explicavam a razão de tudo.