A certeza de não saber
Ignorar sobre o chão e o céu
As nuvens caçoam de seu tamanho
O planeta em sua constante rotação.
Deixa a tontura como legado.
A certeza de não saber.
O alumbramento diário.
No inesperado sol ou
diante da liquidez das dúvidas.
A ignorância navega no sangue
Disfarçada de poder.
Os olhos míopes
A fascinação idiota de
ver sem enxergar.
De estar sem ser...
E, adicionar ao cenário
um dinamismo sensual qualquer.
O malmequer prediz o desatino
A ignorância é um bumerangue
E, no movimento paulatino
Só faz crescer e fenecer.
No alto da Torre de marfim
Fico a sonhar com o festim
de existir sem envelhecer.