Ser a beleza da besta
Ser a leveza do orvalho
Ser o orgulho inexplicável.
O silêncio semântico.
Suas mãos a gesticular magias.
Seus olhos a contornar a cena.
Sorrateiramente.
Quem será aquele ser?
Vivo e latente.
Moribundo e poente.
Por vezes, é o sol.
Outras vezes, é a lua.
E, quando se despede.
É apenas um corisco
de uma estrela cadente.
Seu corpo.
Sua presença.
Etérea.
Transparente e invisível.
Pesada como rumores.
Potente como bomba nuclear.
E, pacífica feito uma garça.
Sua elegância delicada.
Suas mãos cuidadosas e leves.
Em meu espírito pesado e denso.
Nublado feito o dia.
E, minhas lágrimas eram apenas
a chuva que o dia prometeu.