Vivemos numa sociedade líquida, é o que se chama de pós-modernidade ou modernidade líquida preconizada por Zygmunt Bauman. Há uma pressa enorme e falta de atenção para com outro. E, ainda há o miraculoso celular com acesso à internet e as redes sociais, que nos deixa conectado vinte e quatro horas por dia. Até o amor é líquido, pois as relações humanas tornam-se cada vez mais frágeis e flexíveis, gerando inseguranças que crescem a cada dia. Atualmente, são mais importantes os relacionamentos em rede, virtual, através de aplicativos do que propriamente aos relacionamentos presenciais e diretos. Eis que a enorme fragilidade dos laços humanos bem como a insegurança nos fazem deparar com desejos conflitantes. Enfim, a modernidade líquida criou novos tipos de relacionamentos, cada vez mais desumanizados, de sorte que a falta de empatia é mantenedora da invisibilidade social. A invisibilidade é um sintoma da sociedade do espetáculo na qual vivemos e, corresponde a insignificância. Enfim, os invisíveis são criados a partir da percepção coletiva que é reguladora dos conhecimentos e convicções comuns aos membros da sociedade, isto é, pessoas que partilham visões de mundo sem jamais questioná-las, aceitando-as como se fosse a mais pura verdade.