Nós não sabemos, somos cegos psicossociais, é que somos ignorantes sobre a invisibilidade que nós próprios reproduzimos com essas pessoas. A invisibilidade social está, particularmente, relacionada à segregação das classes sociais. A história aponta dois fatores ou pelo menos o cruzamento de dois conjuntos de fatores sociais e psicológicos. Primeiro, à segregação social em classes, fato que não é invenção do capitalismo, mas que este ajuda a perpetuar e, ainda, a naturaliza. O que também é sustentado por aspectos psicológicos. Nas avaliações individuais de pessoa para pessoa. Refere-se à sensibilidade a partir da presença das pessoas. Praticamos a invisibilidade social para deixarmos de enxergar as misérias e mazelas humanas que estão escancaradas nas sarjetas bem fornidas da sociedade capitalista. Bauman já advertiu que na era da informação, a invisibilidade é equivalente à morte. Antes da internet, os excluídos e minorias eram os que pertenciam ao grupo dos invisíveis para a sociedade. Atualmente, a sociedade está imersa quase que, integralmente, nas redes sociais, outro grupo surge nessa mesma invisibilidade, os que estão fora da internet, os que não interagem em redes sociais ou não a possuem, as pessoas off-line. Enfim, a invisibilidade social é nutrida pela falta de empatia na dinâmica avassaladora do contemporâneo.