Chiquinha chegou da escola, toda feliz porque tinha tirado dez na prova de matemática. Justamente aquela matéria que ela não gostava... O professor Aristóteles era muito rigoroso e cobrava a tabuada de cor... e salteado. Chiquinha, se chamava Maria Francisca, em homenagem ao seu avô, chamado Mário Francisco. Chiquinha era uma menina inteligente, mas extremamente geniosa... Ao mostrar a prova, estava toda orgulhosa. E, seu pai, cortou-lhe a animação, com a frase: Não fez mais que a sua obrigação. Pois quando eu morrer, vc vai precisar das Matemáticas para comandar tudo isso aqui, quando eu for só espírito. Chiquinha ao ouvir, marejou os olhos, as lágrimas lhes ocorreram, pois não queria acreditar que a morte iria ceifar a vida do seu querido pai. Como a mãe de Chiquinha morrera no parto, o pai era um porto que reunia todo afeto que tinha. Chiquinha cresceu. Foi fazer veterinária, mas morria de saudade de suas origens e da terra natal. Alguns até brincava com sua caipirice sincera... Mas, ela nem ligava. Jamais se escondera, ou renegara o seu passado.