Atirei a pedra no lago.
As ondas reverberaram até às margens.
Engoli a seco suas palavras.
Engoli a seco sua aversão e raiva.
Como um animal ferido.
Fui atirar pedras no lago.
E, uma a uma era melhor do que chorar.
Atirei a pedra no lago.
Pensei no protesto dos peixes
Pensei nas nuvens confusas
entre o vento e a chuva.
Delicadamente um lágrima
escoou pela face
em meio o silêncio.
Em meio a certeza das ondas
produzidas pelas pedras.
Pelas tentativas vãs
de ser feliz.