Pendular
Sentir um amor sereno.
Gotejante feito orvalho da manhã.
Suave como as pétalas da flor
De mil primaveras.
O silêncio enfeitado de sentidos.
Sentidos ornados com silêncios
Semânticos.
Você rir de minha seriedade.
E, eu rio de sua seriedade grave.
Nas profundidade da alma ouço o eco
de mantras e do ego...
Ora é cupidez e querer.
Ora é placidez e meditação.
Momento pendular
E, retilíneo e uniforme.
Sentir o seu amor discreto.
De olhares oblíquos.
Sua piscada lenta,
a refazer a imagem como mágica.
Agora, estou aqui lembrando.
Detalhes dispersos no multiverso.
Num tempo compassado
por rotações e translações.
E, o pêndulo cumprindo seu destino.
De ir e vir infinitamente.
Por entre humanos corações.