Parece incrível, falava José para Mariano. Em pleno século XXI, ainda existe o racismo. Mariano voltava entristecido de uma entrevista para trabalho. Percebera que sua melanima extirpara suas chances... E, a própria recepção dada na entrevista já dava a entrever que os padrões exigidos, não apenas profissionais, mas, principalmente étnicos e estéticos. José tentava acalmar Mariano que estava revoltado. Afinal, profissionalmente, preenchia todos os requisitos para ser contratado. Mas, as vezes, a injustiça do racismo extingue a empregabilidade... Mariano se despedira de José, e caminhava para casa. Mas, sua cabeça era um tsunami de indagações e indignação. Chegando em casa, encontrou a tia que era advogada e lhe lembrou sobre as leis que combatem o racismo, a saber: a Lei 7.716 de 1989, que aliás pune todo tipo de discriminação seja por origem, sexo, raça, cor, idade e, etc. A mesma lei veda que empresas privadas ninguém empregar em razão de preconceito. Aliás, a Lei Afonso Arinos, a Lei 1.390/1951 que fora promulgada por Getúlio Vargas proíbe a discriminação no Brasil. Isso sem contar a Constituição brasileira vigente que em seu artigo 3º, inciso XLI que "Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”; e no Art. 5º, inciso XLI, que “a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais". Mariano, olhando para a tia Euzébia, afirma: - Tia, eu não quero briga judicial, eu quero emprego! E, aí Dra. Euzébia revelou: - se hoje é difícil, imagine no meu tempo de jovem... Chamavam-me de "neguinha" metida... eu ficava furiosa, mas não desisti. Não desista. O mais importante é você saber seus direitos e seu valor.. Nunca desista. Enquanto isso, o telescópio James Webb traz mais imagens sobre o multiverso...