Muitos questionamentos nos assolam. Será mesmo que cada um escolhe seus próprios caminhos da vida? De qualquer modo, jamais teremos idênticas experiências. As estações do ano, a mais convidativa à reflexão é mesmo o inverno. Temperaturas mais amenas mesmo havendo o famigerado veranico. E, no sossego de ciosas leituras, deitada em minha cama, percorre-se muitos mundos, sem sequer sair do lugar. Há uma sensação de pertencimento com relação a estrada, os desafios e, toda a superação diária que impõe a sobrevivência. Há caminhos asfaltados, outros mais rústicos de chão batido, ainda outros rurais, cheio de verde e flores e, há caminhos com muito trânsito. O que realmente levar na bagagem é fácil escolher. Mas, o que devemos levar na alma? É um desafio. Precisamos de mudanças, pausas, organizar as ideias, entender sentimentos e saudades e, até descobri, o que realmente faz sentido em nossas vidas. Indubitavelmente, precisamos saber perdoar, para seguir em estrada futuras. Senão, o ressentimento se torna algo pesado demais. Precisamos descobrir aptidões e domar os instintos e, vasculhar nossa consciência em busca de meditar e reagir na proporção perfeita. Lembremos há buracos na estrada, há imprevistos e, principalmente, há o imponderável... Precisamos de despedidas para reafirmar o afeto e abraçar o futuro. Dizer "até breve" com a sensação de que o infinito mora no silêncio ou no canto dos pássaros de manhã. No mundo nômade, somos sedentários. No mundo sedentário, queremos ser nômades...O inconformismo é uma nota humana e, cada um de nós tece a história e o mistério que há nela. Decifrar a história e mistério faz desse conto, um momento especial.