A questão científica do tempo oscila muito. Pois, enquanto o relógio de Newton era absoluto e preciso, o tempo
de Einstein mudava aleatoriamente, tanto que atualmente nem a passagem do tempo é garantida pela ciência contemporânea. A experiência humana tem sido dividida por suposição, entre passado, presente e futuro. Tal como o rio, o tempo passa continuamente, infinitamente e, como um rio converte o futuro em passado e, permanece a escorrer pelo presente. O tempo, em verdade, é um mero instante infinitesimal e curto. Para os físicos, as divisões do tempo são apenas ilusões. Do passado, só restam as imagens guardadas na memória. E, nada modificará tais imagens. Enquanto o futuro é constituído de acontecimentos que não existem, e não se tem condições de saber sobre este. As fronteiras do tempo é uma divisão móvel. E, a medida que o futuro se converte em presente, para em seguida, tornar-se passado. Vivenciamos uma cadeia de trocas recíprocas com o mundo. Há uma lenda oriental sobre a xícara quebrada, quando um poderoso guerreiro japonês recebeu uma xícara de de presente. Ficou por horas admirando a beleza da peça. E, um dia, um pobre servo deixou a xícara que então se quebrou em cinco pedaços. Todos os servos ficaram apavorados, pensando que o guerreiro japonês iria matar a todos, já que seu temperamento era famoso por ser muito agressivo. Porém, nesse dia, algo mudou. Um convidado quando viu a xícara quebrada em cinco pedaços, lhe disse que iria restaurá-la e não precisava ser descartada e, ainda, afirmou que ficaria ainda mais bonita. O guerreiro maravilhado com a restauração, pensou que a xícara já carregava todas as marcas da vida e, e os cincos pedaços foram remendados com ouro, a liga mais valiosa do mundo. Os vínculos que costuram o tempo são mais valiosos que as coisas e as relíquias. A observação é um presente a nos convidar a ver além das aparências e prescrutar as essências apesar dos acidentes de percurso.