"O conhecimento é o mais potente dos afetos: somente ele é capaz de induzir o ser humano a modificar sua realidade." Friedrich Nietzsche (1844?1900).
 

Professora Gisele Leite

Diálogos jurídicos & poéticos

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O vocábulo "moinho" deriva do latim molinum, que significa moer, triturar cereais ou dar à mó. O moinho de água apareceu no século II depois de cristo, com gregos e os romanos e, depois se espalharam por todo Velho Continente. E, serviam para moer cereais e transformá-los em farinha.

Apesar de ser utilizado durante praticamente dois milênios, permanecendo ainda em uso, embora seja tendencialmente decadente durante o século XX.

Os moinhos d'água era conhecida na Ilíria desde do século II antes de Cristo na Ásia Menor desde o século I antes de Cristo  e, também existiu no mundo romano onde fora construído pela primeira vez. Os romanos substituíram as antigas rodas horizontais pelas rodas verticais com uma engrenagem que religava o eixo horizontal da roda ao eixo vertical.

Porém, praticamente não as utilizavam, parcialmente porque possuíam muitos escravos para não se preocuparem com máquinas que poupassem mão de obra e, em parte, porque na maioria dos territórios romanos não abundavam as correntes rápidas.

Já no século IX, o moinho hidráulico fora difundido em todo o Ocidente mas, seu pleno desenvolvimento se deu nos séculos XI ao XIV, quando os registros apontam o dobr de construções. E, eram usados para fins artesanais e industriais, mas tinha como primaz tarefa a moagem de grãos.

Depois de dominarem completamente a tecnologia de construção de moinhos d'água, os europeus voltaram sua atenção para melhor aproveitamento da energia eólica. No início do século XII, os moinhos eram feitos de madeira, mas ao final do século passaram

a ser feitos de ferro e sem o corpo rotativo.

A origem do moinho de vento não é elucidada, mas parece ter sido mais um influência oriental, já que eram conhecidos também na China e na Pérsia no século VII, e mencionados na Espanha no século X.

No entanto, a identificação dos primeiros moinhos de vento, atualmente, notados numa zona limitada em torno do Canal da Mancha (Normandia, Ponthieu, Inglaterra), e os diferentes tipos, entre o moinho oriental, ocidental e o mediterrâneo.

O modelo do moinho cilíndrico de tijolos provavelmente foi introduzido pelas cruzadas na região do Mediterrâneo. Atualmente, só existem quatro na Holanda, sendo o mais velho datado de 1450. E, o mecanismo para direcionar a cabeça do moinho na direção do vento se encontra no interior do moinho. A partir de 1970, os moinhos de vento nos Países Baixos foram sendo substituídos, no bombeamento de água, por motores elétricos que acionam bombas tipo parafuso de Arquimedes mais bem indicadas na transferência de líquidos.

Na Alta Idade Média toda construção de um moinho era atribuída ao nome de um santo que o introduziu naquela região, tudo devido a forte influência religiosa da época.

De acordo com o historiador Jacques Le Goff a revolução do moinho atingiu tanto o campo como a cidade e, na sociedade medieval teve que sofrer mudanças histórias e culturais para que permitisse compreender a utilidade e a vantagem do moinho.

Em menos de dois séculos, os moinhos da Europa ganharam materiais mais leves, torres com  vários andares e, ainda, uma parte superior móvel, o que fez superar a desvantagem de as pás não ficarem sempre de frente para o vento.

Os moinhos holandeses ao invés de moer grãos, o moinho holandês retirava a água de terrenos alagadiço para cima dos diques e mar afora. E, assim, o país conseguiu subtrair do Oceano Atlântico cerca de um terço de seu território conforme afirma um ditado holandês: "Deus criou o mundo com exceção da Holanda, que foi criada pelos próprios holandeses". E, pelos moinhos de vento.

Uma curiosidade, os moinhos que contavam com até 25 metros de diâmetro das asas, os moinhos tinham uma potência entre 25 a 30 mil watts, quase a mesma força de um Fusca.

 

Referências

LE GOFF, Jacques. A vida material (séculos 10º - 13º) A Civilização do Ocidente Medieval. Bauru, São Paulo: Edusc, 2005.

____________________; SCHMITT, Jean-Claude. A cidade. In: Dicionário Temático do Ocidente medieval. Volume 1. São Paulo: Edusc 2002.

GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 13/06/2022
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