A caixa não era de Pandora.
Pinóquio não era de madeira.
No final do arco íris não havia pote de ouro.
Breves milésimos de segundos
fazem parte da eternidade.
O relógio do chapeleiro maluco
Não marca as horas,
somente as saudades.
Pobre de Alice que não
estava no país das maravilhas.
Pobre de Dorothy que deveria
seguir para a Cidade das Esmeraldas.
O patinho não era feio, era apenas um cisne.
João e Maria não foram abandonados.
A Branca de Neve bem que poderia ser moreninha.
A Cinderela perdeu um sapato,
mas ganhou um príncipe.
E, a Rapunzel não precisou jogar as tranças.
Havia milhares de nuanças...
A bela adormecida sofria de insônia
e o Chapeuzinho Vermelho
ficou amiga do Lobo Mau.
Bom sinal. Ou será final?
As estórias infantis podem tem um fim diferente.
O gato de botas era um romântico e,
e os cachinhos dourados eram, em verdade, ruivos.
Descobertas, recomeços, releituras e
a magia infantil nos faz amadurecer
para realidade contemporânea
litorânea ao infinito e
vizinha do horizonte.